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Saiba das principais funções e interações da Melatonina



Hoje em dia, com acesso praticamente ilimitado a informações, observa-se um aumento significativo e preocupante da automedicação. Muitas vezes, o uso de medicamentos e suplementos vitamínicos, utilizados por indicação de um familiar ou amigo podem levar a respostas completamente diferentes, não atingir o resultado esperado no tratamento e ainda induzir efeitos colaterais.

A ciência comprova que existem variações individuais na resposta aos medicamentos advindas de fatores genéticos e metabólicos.

Somos diferentes em inúmeras características, estas diferenças não se apresentam somente em características físicas, mas por sermos geneticamente diferentes, apresentamos também comportamentos distintos na absorção e metabolização dos medicamentos.

A melatonina é um hormônio endógeno secretado pela glândula pineal no período noturno (ausência de luz). Sua utilização clássica é a de combate ao famoso “jet lag”, ou seja, o estado de desequilíbrio em que o corpo se encontra após uma longa viagem, devido à diferença de fuso horário entre a partida e o destino. Esta adaptação sempre se apresenta como um grande problema para maioria da população.

Recentemente, esse hormônio passou a ser cada vez mais utilizado na clínica, não somente para o famoso “jet lag”, mas como um agente antioxidante e até mesmo como coadjuvante em tratamentos de certos tipos de câncer. A melatonina tem, de fato, influência na função fisiológica da sazonalidade reprodutiva, na modulação da secreção de insulina, sistema imune, função de retina e até mesmo funcionando como um agente neuroprotetor.

Apesar das funções benéficas da melatonina, é de suma importância ficarmos atentos às interações medicamentosas que podem acontecer a utilizamos. O maleato de fluvoxamina (LUVOX), utilizado no tratamento de transtorno depressivo, é um potente inibidor de CYP1A2, sendo assim, o uso concomitante com a melatonina pode causar um aumento da concentração plasmática de melatonina, bem como drogas que são metabolizadas pela CYP2C19, como omeprazol, lanzoprazol e citalopran, aumentam a excreção de melatonina. Em ambos os casos, haverá necessidade de ajuste de dose.

Sendo assim, a dosagem de melatonina, hoje pouco difundida, deve ser realizada sob acompanhamento. Este ajuste é fundamental para a obtenção de benefícios que este hormônio tanto pode nos propiciar.

Para um tratamento personalizado e individualizado, procure um profissional da saúde especializado, que poderá lhe orientar a respeito das interações entre as inúmeras sustâncias que podem diminuir a efetividade do seu tratamento.

Referências:

  1. Facciolá G, Hidestrand M, von Bahr C, Tybring G. Cytochrome P450 isoforms involved in melatonin metabolism in human liver microsomes. Eur J Clin Pharmacol, 2001; 56(12):881-888.

  2. Necyk C, Tsuyuki R, Boon H, Foster B, LeGatt D, 
Cembrowski G, Murty M, Barnes J, Charrois T, Arnason J, Ware M, Rosychuk R, Vohra S. Pharmacy Study of Natural Health Product Adverse Reactions (SONAR): A cross-sectional study using Active Surveillance in Community Pharmacies to Detect Adverse Events Associated with Natural Health Products and Assess Causality. Br Med J Open, 2014; 4(3). e003431. doi:10.1136/bmjopen- 2013-003431. 


  3. Lewy AJ, Ahmed S, Jackson JM, Slack RL. Melatonin shifts human circadian rhythms according to a phase-response curve. Chronobiol Int 1992;9:380–92.

  4. Arednt J, Skene DJ. Melatonin as a chronobiotic. Sleep Med Rev 2005;9:25–39.

  5. Burgess HJ, Revell VL, Molina TA, Eastman CI. Human phase response curves to three days of daily melatonin: 0.5 mg versus 3.0 mg. J Clin Endocrinol Metab 2010;95:1–7.

  6. Skene DJ, Arendt J. Circadian rhythm sleep disorders in the blind and their treatment with melatonin. Sleep Med 2007;8:651–5.

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